O Encontros de Dança do próximo dia 2 de agosto começa, às 19h30, com a performance do Núcleo Destempos, "Retratos de uma fronteira Intermitente". Inspirado no livro "Intermitências da Morte", de José Saramago, e na a obra "Os Amantes", do pintor René Magritte, o duo formado por Amanda Correa e Cida Sena explora, em pulsos contínuos e intermitentes, sensações de um corpo em "estado de vida suspensa", que, mesmo preso a um tênue fio, não mergulha no breu da morte. O Núcleo Destempos pesquisa a relação entre dança e literatura, além de investigar como o surgimento de "estados corporais" pode servir como cerne criativo em um processo de criação em dança. A parceria do Núcleo teve início em 2008, com "Infinito quase palpável", dirigido por Ana Terra e inspirado nos procedimentos criativos e no estudo do conceito dos "objetos relacionais" da artista plástica Lygia Clark; depois veio"Epílogo", baseado em poemas de Manuel Bandeira e dirigido por Mariana Muniz. A pesquisa de"Retrato de uma Fronteira Intermitente" começou em 2010, sob orientação de Silvia Geraldi e contou com a preparação corporal e colaboração na pesquisa de Érica Tessarolo.
Diretamente de Votorantim, interior de São Paulo, o Coletivo O¹² apresenta o premiado "Quando se Desprendem as Partes". A ação-espetáculo aborda os processos de conquista de autonomia em sistemas vivos, questionando o desprendimento natural ou não das partes (ou a impossibilidade de) face a seu amadurecimento; parte do caos primordial para falar sobre liberdade e dependência, ação coletiva e vontade individual, mecanismos de controle e permanência. Autonomia, inclusive, é bandeira do grupo, que nasceu como dissidência de outro coletivo, o Quadra – Pessoas e Ideias, também de Votorantim. A criação do O¹² foi um manifesto de autonomia e "Quando se desprendem as partes" a versão cênica desse manifesto.
Uma vez que a pesquisa da peça nasceu a partir do contato com as idéias do Prof° Jorge de Albuquerque Vieira, é ele o convidado especial para conversar com o público após a apresentação. Doutor em Comunicação e Semiótica, aplicando conceitos da Semiótica Peirceana no tratamento de sinais científicos, coordena o NESC – Núcleo de Estudos em Semiótica e Complexidade, leciona Ciências Cognitivas e da Informação, com ênfase em fundamentos da Teoria da Complexidade e Teoria Geral de Sistemas, na PUC-SP. Também dá aulas no Museu Nacional da UFRJ, no Programa de Pós-Graduação em Zoologia, em Metodologia Científica; Corpo e Novas Tecnologias; na Faculdade Angel Vianna / RJ
FICHA TÉCNICA
Realização TUCA e INdependente produção e arte / Coordenação geral – Vanessa Lopes / Programação – Vanessa Lopes e
Christine Greiner / Produção – Andrez Ghizze, Caio Costa e Maíra Silvestre / Fotografia – Rogério Ortiz
COLETIVO O¹² / Pesquisa, criação e interpretação: Rafael Bricoli, Lidi Domingues, Tati Almeida, Ariane Sampaio, Thiago
Alixandre, Preta Ribeiro / Consultoria técnica: Rosa Hércoles/ Alimentado por: Marcelo Evelin, Giovani Tozzi, Nicole Aun/
Sonorização: Adriano Costa/ Operação de some luz: Guilherme Santos/ Colaboração: Mari Mendes, Guilherme Santos, Lucas Amorim/ Cenografia, iluminação, ambiência: COLETIVO O¹²
Informações Gerais
Data
Terça-feira, 02 de agosto de 2011
Local
TUCA – Teatro da PUC-SP
Rua Monte Alegre, 1024 - Perdizes – São Paulo – SP
Horários
19h30 - "Retrato de uma fronteira intermitente", com Núcleo Destempos (saguão);
20h - "Quando se desprendem as partes", com o Coletivo O¹², seguido de bate-papo com o Prof. Jorge de Albuquerque Vieira.
Duração
60 min
ENTRADA GRATUITA
(retirar ingresso com 1 hora de antecedência)
Capacidade
30 lugares
Indicação de Faixa Etária
15 Anos
Acesso para pessoas com deficiência
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